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Google reescreve seu guia de avaliação de qualidade – o que os profissionais de SEO precisam saber

Google reescreve seu guia de avaliação de qualidade – o que os profissionais de SEO precisam saber

A Google reescreveu completamente suas diretrizes de classificação de qualidade, o meio pelo qual o seu time de avaliação de qualidade classifica sites para o Google. Este é uma versão completamente nova, reescrita de cima a baixo, não apenas uma repaginação do antigo (e a maior parte das novas diretrizes nem sequer lembra alguma das antigas, que os profissionais de SEO costumavam analisar em detalhes sempre que vinham a público). Elas têm alguns novos insights sobre a nova abordagem da Google aos resultados de buscas e o que é necessário para que um site seja melhor posicionado.

A nova versão 5 tem apenas 3 meses, e mostra como a Google está dando muito mais ênfase em seus resultados em formato de gráfico de conhecimento, que parecem estar adquirindo mais importância sobre os resultados de busca, bem como reputação, autoridade e claro, a ocorrência de propagandas na página.

A Google agora está dando uma grande ênfase a sites aos quais são atribuídos alto nível de expertise, autoridade ou confiança. Isto é algo em que a Google vem trabalhando em seus algoritmos há algum tempo, e isso não devia ser uma surpresa para os webmasters.

Falta de E-A-T

A nova ênfase da Google no novo Manual do Avaliador de Qualidade é a ideia de E-A-T (do inglês: "expertise, authoritativeness and trustworthiness", em português “expertise, autoridade e confiabilidade”) de um site. Indo por este caminho, a Google está enfatizando que sites que não possuem tais atributos deveriam receber uma classificação mais baixa de seus avaliadores, chegando a afirmar que mesmo a falta de um certo nível de E-A-T é o suficiente para que um avaliador atribua a qualquer página uma baixa classificação.

Isto significa que os webmasters precisarão fazer o que puderem para se assegurar de que seus sites passem no recém criado teste de E-A-T.

A Google também alerta os avaliadores a respeito de sites com conteúdo submetido por usuários, como fóruns ou outros sites que permitam que usuários submetam artigos ou informação. Eles exigem cuidados porque as páginas destes sites podem não ser confiáveis e muitas podem carecer do nível apropriado de E-A-T.

Dito isso, há alguns tipos de conteúdo gerado por usuário que tem um nível extremamente alto de expertise, como fóruns que são frequentados por experts em tópicos específicos, e a Google pede aos avaliadores para tentar considerar a experiência e expertise destes autores para tentar determinar se uma página deve ser considerada confiável ou não.

O que faz um expert?

Como parte de sua nova estratégia E-A-T, a Google pressiona os avaliadores para o fato de que existem muitos tipos de especialistas, tudo depende da área em questão. Nem todas as áreas possuem um método para qualificar expertise. É mais fácil qualificar um expert na medicina do que um expert num site de hobby.

Espera-se que os avaliadores também considerem expertise para assuntos do cotidiano, mesmo em áreas “Seu dinheiro ou sua vida” – algo que a última versão publicamente disponível do guia enfatizou. Especificamente, fóruns de apoio são uma excelente fonte de informações para doenças específicas, uma vez que elas tem dados inseridos por quem está sofrendo com a doença. Estes colaboradores podem não ser médicos, mas sua vida e experiências cotidianas com a doença fazem deles experts ao compartilhar tais experiências pessoais. Isto posto, o aconselhamento médico específico ainda deve vir de médicos ou profissionais de saúde.

Para profissionais de SEO, vai se tornar crucial estabelecer como seus escritores apenas autoridades ou experts em seu campo. Você precisa que as pessoas confiem em seu site – sem mencionar que a Google já está claramente enfatizando o papel de autoridade e expertise em sites, então avançar ao próximo passo definitivamente não é uma surpresa, pra dizer o mínimo.

Gráficos de conhecimento

Uma porção significativamente maior das diretrizes cobre os Gráficos de conhecimento, e mostra que eles estão fazendo seus avaliadores gastar um bom tempo analisando estes gráficos, mostrando os planos da Google de continuar sua marcha em direção a resultados de busca mais relevantes.

Versões prévias falavam sobre Blocos de Resultados com Links de Título (BRLT) e Blocos de Resultados Sem Links de Título (BRSLT) à medida em que a Google diferencia entre dois estilos distintos de gráficos de conhecimento que a empresa usa. O primeiro, BRLT, mostra uma linha de título clicável no topo, enquanto o BRSLT não o faz.

Gráficos de conhecimento vitais x Gráficos de conhecimento não vitais

A Google também recomenda aos avaliadores que especifiquem uma classificação Vital para os BRLT que ofereça toda a informação necessária para a consulta na página de destino no BRLT. Isto indica ainda mais que a Google está colocando muitos recursos na meta de colocar a web em gráficos de conhecimento e está aqui para ficar (para deleite dos usuários da busca, mas não tanto dos webmasters).

Muitas propagandas = baixa qualidade

Enquanto o algoritmo de layout da página deve estar tentando reduzir o destaque nos resultados de busca das páginas que tem muitas propagandas, as versões prévias do guia dos avaliadores de qualidade não davam muita ênfase à propaganda de um site, a não ser que fosse enganosa, ou spam. Agora as novas diretrizes definitivamente querem que os avaliadores procurem por propaganda na página para determinar se está presente em excesso.

A Google menciona especificamente layouts que são inteiramente compostos por propagandas no topo, e necessitam de rolagem para que o conteúdo seja visto – a ponto de as pessoas inicialmente acharem que a página não tem conteúdo. O mesmo vale para propaganda desenhada para parecer links de navegação ou conteúdo secundário.

De qualquer forma, isso também é completamente o oposto do que o Adsense gosta que seus editores façam – talvez não ao extremo onde você precise rolar a página para ver conteúdo, mas eles estão sempre lembrando aos editores de que eles podem adicionar blocos de propaganda adicionais ou substituir blocos menores por blocos maiores.

Eles também determinam que páginas devem receber as classificações mais baixas se o avaliador perceber que o design tenta manipular o usuário para que este clique nas propagandas, propagandas em linha ou links de download.

Conteúdo complementar

Enquanto anteriormente o guia do avaliador de qualidade focava no conteúdo principal da página, com apenas uma breve menção ao conteúdo complementar, agora há uma nova ênfase não apenas no conteúdo complementar, mas também em tipos de conteúdo complementar. Já se foram os dias onde se podia ter uma página de alta qualidade com apenas navegação pelo conteúdo complementar.

Enquanto a maior parte das pessoas considera que conteúdo secundário seja estritamente o menu de navegação e talvez o rodapé, a Google agora quer que os avaliadores procurem por outros tipos de conteúdo secundário, com uma ênfase particular sugestões de conteúdo relacionado no site.

A qualidade do conteúdo tem importância maior agora. Anteriormente, a Google mencionou especificamente conteúdo complementar de duas formas: vídeos adicionais sugeridos numa página sobre um episódio de Saturday Night Live, assim como o que muitos considerariam características importantes de um site de receitas: recursos imprimíveis, reviews e informações nutricionais. Agora a Google quer ver uma grande variedade de conteúdo complementar em uma página, e está pondo uma ênfase maior nisso como sendo uma parte importante e integral de uma página que mereça uma qualificação alta ou muito alta.

Agora a Google considera conteúdo complementar de valor não apenas incluir essas coisas mas também mostrar marcas ou modelos semelhantes a um ítem em um site de comércio eletrônico, ou a habilidade de compartilhar ou dividir uma receita.

A Google também quer uma ênfase maior em conteúdo complementar para as páginas que seriam consideradas de alta ou de muito alta qualidade.

A regra prática da Google para avaliadores de qualidade ao determinar o que é conteúdo secundário: qualquer coisa numa página que não seja o conteúdo principal ou propaganda. Eles consideram isso importante para a experiência geral do usuário.

A Google faz uma ressalva para a falta de conteúdo secundário que algumas páginas têm às vezes, sem que sejam necessariamente páginas de baixa qualidade – como comunidades ou sites locais. Assim como com PDFs ou imagens, conteúdo secundário também não é necessário nesses casos.

O principal é, se você não tem conteúdo secundário útil em seu site atualmente, você deveria começar a trabalhar nisso o mais rápido possível, porque isso é claramente para onde a Google está se direcionando.

Conteúdo complementar ruim

A Google esteve salientando o uso de propagandas enganosas e páginas que tem uma quantidade excessiva de propaganda como sendo assunto para o algoritmo de layout de páginas. Agora a Google considera qualquer site ou página com conteúdo complementar ruim como sendo merecedor de uma classificação baixa. Primeiramente eles estão alertando sobre colocação de propagandas enganosas onde os usuários possam acidentalmente clicar num anúncio ou são atraídos a clicar em um anúncio, acreditando que seja conteúdo do site e não uma propaganda.

Eles também mencionaram especificamente anúncios posicionados abaixo de cabeçalhos como “Top posts”, que vêm contrariando os termos do Google Adsense há algum tempo, mas que ainda podem ser vistos com Adsense e outras redes de anúncios.

Essencialmente, se o conteúdo secundário é de pouca ajuda ou serve de distração, isso é razão para uma classificação de baixa qualidade.

Design de página ruim

A Google menciona as muitas coisas típicas que os anunciantes tentam para espremer até o último centavo de uma página web, como popups, grande quantidade de propagandas com pouco conteúdo e propagandas de texto em meio ao menu do site.

A Google também está desafiando uma tática de propaganda específica que muitos, muitos sites usam – que é inserir anúncios algumas vezes no meio do conteúdo principal, interrompendo-o, no padrão conteúdo – anúncio – conteúdo – anúncio. Isso é usado nos sites de muitos jornais e revistas, e se isso for levado em conta no algoritmo, você pode ter certeza de que os jornais vão reclamar (ou adotar o acesso pago).

Se você está usando propagandas inseridas no conteúdo, provavelmente é uma boa ideia considerar restira-la, já que a Google considera chocante a ideia de um usuário ter que ir e voltar entre o conteúdo e os anúncios tantas vezes. E aqueles belos links no menu de navegação que na verdade são propagandas? Os webmasters deveriam provavelmente começar a repensá-los também.

Compras

A Google tem algumas listas bem específicas de características que os avaliadores devem usar para determinar se um site é de fato um site de vendas ou não – Algo que tem feito muitas empresas se interessarem caso elas não as oferecessem antes . Por exemplo, muitos comerciantes legítimos podem não oferecer recursos de lista de desejos, registro de presentes ou fórum de usuários, mas alguns profissionais de SEO têm insistido que isso é “necessário” simplesmente porque o guia do avaliador de qualidade as incluiu numa lista de características de sites de comércio reais.

No novo manual isso foi removido. Em seu lugar, a Google solicitou aos avaliadores que procurassem por páginas como informações de contato, retorno e políticas de permuta. Isso está mais alinhado com o que muitos comerciantes menores oferecem, que não tem um orçamento alto, conhecimento técnico ou mesmo a necessidade por alguma das características que o listadas antes.

Fóruns de avaliação e Perguntas e respostas (FAQ)

O Google quer que os avaliadores determinem não apenas a expertise do site por si só, mas também quem está participando da postagem em particular que está sendo avaliada. Também é considerado se novas postagens estão sendo adicionadas, se há muitas pessoas participando e se discussões tem profundidade.

Enquanto muitos de nós pensam em sites de perguntas e respostas como sendo de baixa qualidade com conteúdo muito ruim, há algumas gemas aí fora; então a Google se previne não assumindo que todos os sites de perguntas e respostas sejam de má qualidade.

Perguntas sem as respostas

Todos nós já visitamos algum site de perguntas e respostas só para descobrir que não havia resposta postada ainda, mesmo para questões feitas há anos, ou as respostas dependiam de acesso pago. A Google considera páginas deste tipo – sem as respostas dadas – como sendo de má qualidade.

Eles mencionaram isso previamente na versão antiga das diretrizes, mas eles removeram a parte afirmando que respostas inúteis receberiam uma classificação de pouca qualidade – espera-se que tenham removido isso porque é senso comum que uma resposta pouco útil é algo ruim.

Anúncios alinhados

Você é uma das poucas pessoas ainda usando anúncios alinhados? Bom, os dias deles estão contados, já que a Google considera isso uma distração e pode fazer o conteúdo principal na página difícil de ler, o que significa uma experiência ruim para o usuário.

Propaganda alinhada, aqueles links duplamente sublinhados que disparam um anúncio numa janela popup quando você passa com o cursor do mouse sobre eles definitivamente perderam a popularidade com o passar dos anos, e não é mais muito comum vê-los, exceto em páginas com conteúdo de spam.

Afiliados

Curiosamente, a referência a pequenos sites de afiliados foi removida do novo guia. Anteriormente a Google prevenia sobre pequenos sites de afiliados não serem sites de qualidade, e como os avaliadores deveriam determinar se um site era de afiliados ou não.

A Google está confiante do como eles estão classificando sites de afiliados atualmente e não deixando sites “franzinos” de afiliados ser bem classificados? Esse não parece ser o caso, particularmente em alguns nichos mais competitivos. O algoritmo Panda reduziu consideravelmente as qualificações dos sites de afiliados, ao menos para aqueles administrados por profissionais de SEO menos experientes. Mas o fato de eles terem removido completamente o aviso levanta a questão de que a Google sente que sites de afiliados praticantes de spam são coisa do passado e não obtém boas classificações atualmente de qualquer forma, que sites de baixa qualidade seriam classificados como tal de um jeito ou de outro, ou que eles estão felizes por sites de afiliados serem bem classificados, contanto que eles tenham alguns dos outros critérios exigidos para que um site seja classificado como acima da média.

Pesquisa de reputação

A reputação do site passou a ser muito mais valorizada na nova versão do guia, e está claro que a Google está colocando uma ênfase maior na reputação do que fazia antes.

É claro, webmasters devem considerar que a reputação está sendo mais valorizada no algoritmo de busca também, desde que a Google está claramente esperando que seus avaliadores levem isso muito em consideração ao avaliar qualquer site. Embora a Google tenha previamente dito que os avaliadores não afetam eles próprios os resultados de busca, nós freqüentemente vamos mudanças no guia que tiveram um grande impacto.

A Google incluiu um embargo onde negócios pequenos e locais ou organizações comunitárias podem não ter nenhuma reputação online porque sua presença na web é relativamente pequena comparada ao boca a boca. Mas a Google espera agora encontrar informação de reputação para qualquer negócio ou reputação maiores.

Mais importante, a Google salienta que uma página não pode receber uma classificação alta se a o site tem uma reputação ruim

Eles também estão pedindo aos avaliadores para dar classificações mais baixas para qualquer página onde haja evidência suficiente de comportamento fraudulento ou malicioso.

Com uma ênfase maior em reputação para classificação de qualidade, poderia ser um sinal de que reputação de fontes de boa credibilidade poderia ser algo adicionado ao algoritmo, ou nós podemos ver uma nova penalidade direcionada especificamente a sites com reputações negativas (Olá, atualização Puffin?)

Onde está o spam?

Outra omissão curiosa foi o fato de que toda referência ao spam foi removida do novo guia. Anteriormente havia seções descrevendo spam e como verificar sua incidência, mas no novo guia, a única referência a spam é em lembrança a sites com uma grande incidência de spam nos comentários ou fóruns que foram atacados por spammers.

Onde está o cloaking?

Havia antes uma seção inteira delhada explicando o que é cloaking e como avaliadores podem identificar se um site está usando essa técnica ou não. Mas isto também foi retirado do novo guia.

Conteúdo distrativo

Ainda outro ítem retirado dos exemplos de de conteúdo de baixa qualidade é a referência a “outros conteúdos distrativos”. A única razão para esta remoção é que a Google considera que outros tipos de conteúdo distrativo possam ser mais claramente considerados conteúdo secundário, o que é bastante especificamente relacionado a páginas que precisam receber classificações mais baixas quando o avaliador é exposto a conteúdo distrativo – particularmente quando lida com anúncios como conteúdo secundário.

Páginas de baixa qualidade agora inaceitáveis

Antes o guia declarava “Páginas de baixa qualidade somente são aceitáveis para os usuários se não houver outras de qualidade mais alta”. Esta parte foi removida. A Google acredita que há sempre páginas de mais qualidade para cada página de baixa qualidade que existe lá fora? Possivelmente, com a avaliação a web ainda está crescendo.

Falta de propósito

A Google agora se refere a todo o texto com pouco significado e páginas auto geradas como sendo sem propósito, e devendo sempre receber uma baixa classificação.

Texto oculto

A Google solicitou previamente aos avaliadores para investigar quaisquer espaços em branco à direita ou ao fim da página se eles parecerem estar lá sem razão, bem como usar Control + A, desabilitar o CSS e o Javascript para identificar texto oculto. Mas há muito tempo eles não pedem mais aos avaliadores para verificar isso... novamente porque possivelmente a Google sente que pode identificar incidências dessa prática de forma automatizada.

Sobre nós e informações de contato

Anteriormente a Google enfatizou que páginas em áreas “Seu dinheiro ou sua vida” precisavam ter uma página que falasse sobre o site (“Sobre nós”), área de contato ou informações ao consumidor, e quem é responsável pela manutenção e alimentação do site. Agora, a Google quer que os avaliadores procurem por pelo menos algumas destas informações em todos os sites.

Se você tem um site que é estritamente informação e não tem realmente necessidade desse tipo de página, agora seria uma boa hora para voltar e adicionar essas páginas. Elas dizem que algumas páginas não-“seu dinhheiro ou sua vida” podem ainda colher uma alta qualificação com um simples endereço de e-mail, isto é um bom sinal de que a Google está buscando colocar uma ênfase maior nisso como um sinal de que o site é de alta qualidade no algoritmo.

Reconhecimento aos profissionais de SEO

Uma nova menção no guia mais recente é uma menção a que webmasters leiam essas diretrizes e incluam informação especificamente para influenciar avaliadores de qualidade. Foi mencionado especificamente na sessão referente à reputação do site.

Via TheSEMpost (em inglês)

Categorias: SEO | Visualizações: 1507 | Adicionado por: ShZlot | Avaliação: 1.0/1
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