Ganhar dinheiro com comércio eletrônico requer bem mais do que um site bonito. Planejamento, estrutura de atendimento ao cliente e divulgação são tão importantes quanto softwares e tecnologia. Confira as sugestões de especialistas para construir um site eficiente e bem frequentado e de sucesso com os 12 pilares fundamentais:
O visual do site de comércio eletrônico funciona como a vitrine em uma loja de rua. Prefira um layout limpo, evite a poluição visual e o uso de imagens em excesso. Se a página for cheia de firulas, pode demorar demais para carregar e levar o visitante, sempre apressadinho, a desistir de acessá-la. Evite as páginas com animações em flash, que dão um aspecto de pirotecnia ao site, demoram para carregar e aumentam a probabilidade de queda de conexão. Por último, não esqueça de colocar todos os contatos da empresa (endereço, telefone e e-mail) na página inicial para que o visitante possa procurá-lo, caso tenha alguma dúvida. Sites sem endereço geram desconfiança no internauta.
Quando o endereço eletrônico é complicado, o internauta pode digitar errado. Neste caso, cabe solicitar ao administrador do site o registro de todas as possibilidades de grafia do domínio e pedir para que as variantes redirecionem o consumidor para o endereço correto. Assim, mesmo que o internauta digite errado casadapicina em vez de casadapiscina.com.br, ele chegará na sua loja.
Site de comércio eletrônico eficiente tem que ter usabilidade (produtos e serviços fáceis de serem encontrados pelo internauta). Numa loja virtual, é preciso que o consumidor encontre o produto separado por categoria, visualize descrições e fotos em várias posições. “É importante proporcionar parte da experiência que ele tem no mundo real”, afirma Alessandro Santiago, professor da faculdade IBTA.
Mesmo com textos explicativos e boas fotos, os consumidores podem se sentir inseguros para comprar. Por isso, de acordo com Pedro Guasti, diretor geral da e-Bit, é importante ter um sistema de atendimento, seja telefônico, por e-mail ou chat. Tenha uma seção “Fale conosco” no site, para que o internauta entre em contato. E tenha um funcionário sempre pronto para responder aos e-mails ou ligações telefônicas. Se o pronto-atendimento não for possível, providencie pelo menos uma mensagem padrão de resposta automática para avisar ao internauta de que a dúvida será sanada em breve. Mas o ideal é investir: uma equipe com quatro pessoas pode atender até 500 clientes por mês. “É preciso cuidar do cliente do começo ao fim da compra, pois algum descuido pode fazer com que ele desista da compra.”
Há softwares que monitoram o tráfego no site. As versões básicas deles registram de onde vem o internauta (se ele encontrou sua loja porque clicou num banner de propaganda ou porque usou um site de buscas, tipo Google) e montam mapas que mostram os itens mais clicados em seu site (um produto muito clicado, mas pouco comprado, talvez esteja com preço acima da concorrência). Versões avançadas desses softwares mostram em que ponto o consumidor demora mais tempo (e provavelmente tem mais dificuldade) ou o que o fez desistir de adquirir o produto. Os obstáculos podem estar na demora do envio dos produtos ao carrinho de compras, formulários gigantescos ou na escolha da forma de pagamento, por exemplo. “Com o monitoramento, o lojista conseguirá melhorar a visita do internauta e vender mais”, afirma Alessandro Gil, diretor de marketing da Ikeda, consultoria especializada em comércio eletrônico.
De acordo com especialistas em comércio eletrônico, 75% dos visitantes voltam a um site por causa de seu conteúdo e 66% por conta dos serviços e produtos disponíveis. Então, procure colocar no site dicas e informações que tenham a ver com seu negócio. Por exemplo: se você tem uma loja que vende perfumes, tenha também textos sobre bem-estar, dicas de beleza e moda. Prefira textos curtos, comunicação leve, sucinta e clara, com conteúdo interessante e útil.
Como sua loja é uma vitrine virtual, é indispensável atualizá-la, no mínimo, três vezes por semana. Troque a posição dos produtos na primeira página, incremente com ofertas no lado de cima da página e altere as notícias. Um site com informações defasadas causa a impressão de desleixo e não estimula a volta do internauta. “Sem esquecer de que passa um ar de amadorismo e não transmite credibilidade”, afirma Alberto Albertin, professor da FGV.
Crie um cadastro de clientes enxuto e pergunte apenas o indispensável. Crie um item opcional, em que o internauta avisa se tem interesse em receber mensagens promocionais. Você pode usar o cadastro para enviar newsletters (se tiver o que dizer nelas, pois lembre-se de que o conteúdo tem que ser interessante). Se ao preencher o cadastro o internauta liberou o envio de e-mails promocionais, mande mensagens de ofertas bem elaboradas, feitas com o capricho que qualquer propaganda deve ter.
Uma das ferramentas possíveis num site é a de busca: o internauta digita ali o produto que está procurando. Tenha a sua em ordem, funcionando perfeitamente. O cliente pode desistir da compra se, ao digitar o que procura, não achar o produto rapidamente.
Cadastre sua loja em empresas como e-Bit, Bondfaro e Buscapé. Elas oferecem selos de certificação emitidos na internet e permitem que o cliente possa julgar como foi o atendimento, a entrega e outros fatores na compra pela internet. Isso pode ser importante para servir de parâmetro para outros compradores.
Ofereça diferentes formas de pagamento aos seus clientes: cartões de crédito, boleto ou depósito bancário e, se possível, financiamento. De acordo com o e-Bit, 80% dos internautas preferem fazer compras por meio de cartões de crédito, mas não custa atender os compradores que ainda são desconfiados.
Uma das fontes de insegurança do consumidor é em relação ao atendimento pós-venda. Coloque no site informações sobre como os consumidores devem proceder caso necessitem trocar ou devolver o produto (prazos, como fazer, quais são as formas de envio). “Tudo deve ser ágil para que o consumidor tenha um produto novo ou seja ressarcido do dinheiro o mais rápido possível”, afirma Daniel Cardoso, diretor comercial da Mkteam, consultoria de marketing digital.
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